O jovem André Luiz Tavares dos Santos, vulgo ‘Satanás’, de 18 anos, foi alvejado e veio a óbito após entrar em confronto com a Polícia Militar, por volta das 9h desta terça-feira, 20, no município de Nossa Senhora do Socorro, área metropolitana de Aracaju. Na madrugada de hoje, policiais do Núcleo de Inteligência do Grupamento Especial Tático de Motos (Getam) tomaram conhecimento de que André Luiz planejava assaltar um grande estabelecimento comercial na cidade de Nossa Senhora do Socorro e do seu provável local de homizio.

Por volta das 9h, tendo conhecimento de que o jovem estaria fortemente armado, policiais do Núcleo de Inteligência do Getam, acompanhados de policiais civis do Complexo de Operações Policiais Especiais (COPE), foram a uma residência na travessa perimetral D, no conjunto Marcos Freire II. “Ao procederem à abordagem, a equipe foi recebida a tiros, inclusive um dos policiais do Núcleo de Inteligência do Getam acabou atingido de raspão no rosto, próximo ao olho direito, mas recebeu atendimento médico e passa bem”, relatou o tenente-coronel Paulo Paiva, relações públicas da Polícia Militar.

Já o jovem alvejado foi socorrido imediatamente e encaminhado para o Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE), porém não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. Com ele, foram apreendidos dois revólveres, um calibre .38 e outro calibre .32, municiados. No endereço onde estava ‘Satanás’, encontrava-se, também, um jovem de prenome Romário, que testemunhou o fato e foi apresentado na Delegacia de Homicídios, a quem compete investigar a situação.

Ao André Luiz, de alcunha Satanás, é atribuída a autoria de inúmeros homicídios e outros atos infracionais graves, praticados quando menor de idade, a exemplo do assalto a uma joalheria na rua Capela, no Centro de Aracaju, no dia 30 de outubro de 2014. Durante a fuga, o adolescente e o comparsa trocaram tiros com a Polícia Militar, vindo a acertar um jovem ambulante que vendia água na rua Capela.

Em seguida, eles invadiram o supermercado Bompreço da Praça João XXIII e fizeram uma funcionária refém na padaria daquele estabelecimento. Após negociação, a ação policial culminou com a sua rendição na presença da sua mãe e da imprensa. “Desde o episódio, ele foi apreendido outras três vezes pela Polícia Militar e sempre conseguiu se evadir do Cenam [Centro de Atendimento ao Menor]. Chamou a atenção que, da última vez, ele conseguiu fugir com as mãos e os pés algemados, após uma rebelião da qual ele foi um dos responsáveis, e que resultou na depredação do patrimônio público dentro da unidade de internação”, concluiu Paiva.

Última atualização em 20 de janeiro de 2015 às 05:23:55.